O senador Armando Monteiro
(PTB-PE), 19º a abordar, hoje, a presidente afastada Dilma Rousseff no processo
de impeachment, classificou como “grave lesão” e uma “cicatriz que vai macular
a construção e sedimentação do regime democrático” o afastamento definitivo
dela, caso confirmado.
Salientou haver “um imenso descompasso
entre a conduta que se quer punir e a sanção extrema que se pretende imputar” a
Dilma Rousseff. “Todas as fases desse processo aprofundaram a minha convicção
de que não há como se configurar, de forma inequívoca, o crime de
responsabilidade. Isso é no mínimo questionável”, assinalou o senador
pernambucano, que foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior do governo afastado.
Como fez em intervenções
anteriores no processo de impeachment no plenário do Senado, Armando reafirmou
que, ao contrário do que argumenta os parlamentares favoráveis ao seu
afastamento definitivo, a presidente Dilma Rousseff promoveu um ajuste fiscal
de “medidas muito duras”. Alinhou, entre elas, o aumento das taxas de juros de
longo prazo, a eliminação de subsídios e a revisão de desonerações fiscais.
Sublinhou que no primeiro mandato
de Dilma foi gerado um elevado superávit primário (economia de recursos para
pagar os juros da dívida), da ordem de R$ 250 bilhões. Atribuiu boa parte da
crise fiscal à desaceleração da atividade econômica, que reduz, no dobro dos
percentuais de queda, a arrecadação tributária.
O senador pernambucano perguntou a Dilma como
construir um novo regime fiscal para o país, que considerou essencial. Como
ocorrera nas respostas anteriores aos senadores, a presidente afastada voltou a
criticar a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do governo interino que
limita as despesas públicas à inflação do ano anterior, argumentando que irá
reduzir drasticamente os gastos com saúde e
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