O repasse de recursos arrecadados
com a multa cobrada para repatriação de bens mantidos por brasileiros
ilegalmente no exterior a Estados e Municípios ocorrerá no dia 1.° de
janeiro de 2017. O direto foi garantido com a publicação da Medida Provisória
(MP) 374/2016, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), na noite
desta segunda-feira, 19 de dezembro. O que representa mais uma conquista
do municipalismo brasileiro.
Para que os governo locais
tivessem direito aos R$ 10,5 bilhões, do total de R$ 46 bilhões arrecadado pelo
governo federal, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) e o movimento
municipalista percorreram um longo caminho. Por isso, seus representantes
recebem com entusiasmo a notícia de publicação da MP, embora a verba só entre
nos cofres municipais em pouco mais de 10 dias.
Instituído pela Lei 13.254/2016,
o regime chamado de repatriação estabeleceu o pagamento de 15% a título de
Imposto de Renda (IR) e 15% de multa sobre o montante a ser regularizado e
trazido de volta para o país. O texto foi apresentado pelo governo, da então,
presidente Dilma Rousseff com a justificativa de ser uma forma de ajuste fiscal
e de receita para equilibrar as contas públicas.
Como iria precisar de apoio para
aprovação do texto no Congresso Nacional, o governo comprometeu-se em partilhar
os 30% arrecadados com os demais Entes, em forma de imposto e multa, por meio
dos Fundos de Participação dos Estados e Municípios (FPE e FPM). A partir desse
empenho, o movimento municipalista nacional, que representa os 5.568
Municípios, trabalhou pela a aprovação da matéria, que foi apreciada pelo
Legislativo com os devidos compromissos assumidos.
A partir dessa garantia, a CNM
apresentou aos prefeitos estimativas dos valores que poderiam receber, caso o
montante previsto pelo governo fosse realmente conquistado, inicialmente R$ 70
bilhões no geral e R$ 21 bilhões de imposto e multa. Já mercado financeiro
previu um valor mais otimista – em torno de R$ 273 bilhões.
Com base nesses números, a
Confederação efetuou seus cálculos e mostrou aos gestores municipais os
seguintes valores: caso a projeção do governo se confirmasse, R$ 21 bilhões
seriam repassados aos cofres dos Entes, mas se a estimativa do mercado fosse
alcançada o valor aumentaria para R$ 82 bilhões.
Do Blog de Nill Júnior.
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