As eleições presidenciais
austríacas deste domingo (22) foram encerradas e o país pode eleger o primeiro
líder de extrema-direita desde a Segunda Guerra (1938-1945).
Com 97% dos votos contabilizados,
tanto Norbert Hofer, do radical Partido da Liberdade (FPÖ), quanto Alexander
van der Bellen, do Partido Verde, tem 50% dos votos. A margem de erro é de 0,8
ponto percentual para mais ou para menos.
O resultado final deve sair
apenas na segunda-feira (23), quando as cédulas enviadas pelo correio serão
contabilizadas.
No primeiro turno, em abril
passado, Hofer obteve 36% dos votos contra 20% de Bellen.
Hofer baseou toda a sua campanha
em um duro discurso contra a imigração, no momento em que a Áustria briga
publicamente com a Itália sobre os controles na fronteira entre os dois países,
em Brennero.
Na próxima terça-feira (24),
Viena enviará 80 policiais para bloquearem as travessias a pé de imigrantes
ilegais na região. O governo teme um fluxo muito grande de solicitantes de
refúgio com a chegada do verão europeu.
Em seu último evento de campanha,
Hofer fez um discurso com tons islamofóbicos. "Para aqueles na Áustria que
vão para a guerra pelo Estado Islâmico ou estupram mulheres... Eu digo para
essas pessoas: esta não é sua casa", afirmou, para uma plateia que
aplaudia entusiasmada.
Uma eventual vitória de Hofer
será vista na Europa como mais um sinal do fortalecimento da ultradireita,
favorecida pela atual crise dos refugiados e pelos recentes ataques do Estado
Islâmico em solo europeu.
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