De acordo com a Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco, 114 municípios decretaram situação de emergência no estado. Em Arcoverde, no Sertão, produtores estão aprendendo a lidar com a seca na hora de alimentar o gado.
Todos os dias, o produtor Antônio Fernandes faz questão de acompanhar o crescimento da plantação de palma. "Eu cultivo há três anos a palma. Sem ela, minha vida seria complicada. É fonte de renda", disse.
Mas nem todos fizeram como Antônio. Entre os anos de 2004 e 2011, choveu com uma certa frequência no Sertão pernambucano. Os produtores deixaram de plantar a palma para cultivar milho e feijão. Por isso, com a seca deste ano, eles não têm o que dar de comer ao gado. "Muita gente deixou de lado e poderia ter se precavido pra seca deste ano", disse Djalma Cordeiro, pesquisador do Instituto Agronômico de Pernambuco.
Para amenizar a situação, o Instituto está orientando os agricultores a voltar a plantar palma. "Hoje, nós orientamos que eles devem trabalhar com essas três variedades que foram selecionadas", completou Djalma.
Enquanto não pode colher, muitos produtores compram a palma. Por causa da escassez, o preço do produto vem ficando cada vez mais alto. O jeito é misturar com outros tipos de ração, como a folha da bananeira e o bagaço da cana. Nestes dois casos, a quantidade de fibra na alimentação é alta, o que prejudica a digestão dos animais. Os pesquisadores do Instituto encontraram uma maneira de resolver o problema e está ensinando aos criadores. Para cada 100 kg de bagaço de cana, é usado 1 kg de ureia diluída em cinco litros de água.
Com a mistura, o uso da palma diminui, fazendo com que dure por mais tempo. Assim, os produtores podem enfrentar melhor a seca e diminuir os prejuízos.
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